23 de fevereiro de 2015

das opções difíceis da vida

Estou tão estoirada que hoje nem consigo estar no meu bunker trancada a trabalhar. Hoje tem que ser no sofá, porque a idade traz "fezes". Já que tive direito a vir trabalhar para o sofá, decido ligar a televisão e sempre vejo os vestidos dos óscares, já que filme não vi nenhum.
Primeiro desafio: encontrar o comando.
Depois de vasculhar tudo, espreito debaixo do sofá e encontro umas collants da Madalena, vários plásticos daqueles que envolvem os manhãzitos do Aldi, bocados de bolachas, canetas, um cocas da Madalena e uma peúga do Tiago (curiosamente as peúgas do Tiago andam sempre sozinhas). E o comando.
Ainda não passou uma semana desde que fiz o telefonema doloroso à minha empregada a dizer para não vir mais e já só penso nela. Mas teve que ser. Contas feitas à vida algo tinha que ir embora e eu que sempre disse que prescindia de tudo menos da empregada, prescindi da empregada.
Filhos + Adolescência + Doutoramento não são uma boa conta de somar. E depois, o que se passa com as contas? Será que me andam a mandar as contas do prédio todo?
Acredito, mesmo muito e já entrei em argumentações fortes por causa disso, que tudo na vida se resume a prioridades. Aborrecem-me aquelas pessoas que se estão sempre a queixar que não vão a lado nenhum e não têm dinheiro para nada e me chateiam por ter ido a Paris, mas depois é vê-los a ser campeões do consumismo desenfreado. São opções. Simples.
Ora eu, basicamente, tenho uma pelintra dentro de mim. Em primeiro lugar, vadiar. Garantidas as questões básicas, nada pode ser superior a vadiar. Nada. Nem mesmo a empregada.
Por isso, agora cá em casa em vez de 1 empregada, temos 4. A Mia é a empregada da loiça e cozinha, o Tiago é o empregado do aspirador e do lixo, a Madalena é a empregada do pó e de se manter concentrada em não criar caos e a mãe é a empregada do resto.
Eles não acharam grande piada à ideia. Mas estou em crer que quando se virem 10 dias a vadiar por Inglaterra, mudam de ideias.

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