A Mia, ao contrário dos irmãos, não tem muitas histórias particularmente diabólicas ou engraçadas. Mas tem muitas sarcásticas e refinadas. É o grilo falante cá de casa, sempre atenta e comentadora do que se passa. É também a filha mais doce, mais cheia de amorzinho para ir deixando aqui e ali. Mais cuidadosa nos afectos, de beijinhos e de carinhos. Não falo muito nela aqui porque aos 14 anos a sensibilidade e atenção a infindáveis potenciais intenções nas palavras que se dizem e se escrevem estão no auge. E eu tenho muito respeito (medo) disso.
É a Mia que se despede de mim (sempre) com um amote sem tracinho para nada nos separar.
E agora estava aqui a pensar que não são estas maratonas de trabalho que me matam. Não são. O que me mata, o preço disto, é o tempo que eu passo ausente destes amores sem tracinho.
(Estas fotos foram tiradas em 2009, tinha a Mia 8 anos. Mas eu sempre as adorei. São ela.)

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