30 de janeiro de 2015

madalena ou todos os fenómenos naturais numa pessoa só

A Madalena adora ir às compras. Muito. Não.
Quando a levo a alguma loja é só porque não tenho nenhuma outra hipótese. Desde sentar-se na montra a deitar-se no chão como se estivesse morta acontece tudo. Quando de lá saímos todas as pessoas sabem o nome dela e quem ela é. Aliás quando eu berro Madalena já alguém aponta ou diz "está aqui".
Sucede que, como residente na província, às vezes tenho que aproveitar a ida à cidade grande para despachar assuntos, o que significa fazer muito em pouco tempo, geralmente a aparentar estar em neurose. E até estou. Prefiro levar estalos a ir a lojas comprar roupa. Mas hoje teve mesmo que ser e lá foi a criatura a reboque. Normalmente começamos pela H&M que é a sua loja favorita porque vende roupas aparentemente de Carnaval, mas que dão para o ano todo. Ela chega lá, tira MILHARES de roupa dos expositores e depois enfia-se nos provadores HORAS a experimentar absolutamente TUDO. O pior vem depois, nas outras lojas onde se compram coisas para outras pessoas. Sim, diz que há crianças que se portam bem ou que os pais os põem a portar bem. Não é o caso.

(As fotos foram tiradas no balcão de pagamento da Bershka. Antes estava deitada tipo carapau, enquanto todas as pessoas me aniquilavam com o olhar.)


assuntos pouco sérios

Hoje finalmente desencalhei na parte do doutoramento que pensava ser a mais imediata para mim.  Tinha tudo tão bem planeado e era para estar já a dar com força no trabalho de campo, mas não.
Ao fim de semanas a matar-me lentamente numa inércia total, escrevi 39 malditas páginas e pelas minhas contas, fecho este capítulo na próxima semana. Isto, claro, contando que os meus alunos se evaporam, a tendinite mete baixa e as minhas crias não adoecem ou arranjam um drama qualquer.
Bons prognósticos. Ou não.


29 de janeiro de 2015

dia 1

A pedido de várias famílias decidi criar um blogue que não pretende ser nada além do meu quotidiano familiar, na expectativa de fazer um registo para memória futura (adoro este termo). Quem espera encontrar comentários extremamente especializados e de elevada intelectualidade sobre cultura, política e sociedade é agora a altura de fingir que se enganou e abandonar o espaço.
Aqui só se fala da minha vida familiar quotidiana, a braços com três putos cheios de vida social e vontade própria e um doutoramento a ter que ser finalizado antes do ano acabar. Às vezes sou capaz de falar dos meus alunos, da escola onde dou aulas e das coisas que faço ou me acontecem. Não sei porquê, mas na minha vida muita coisa palerma tende a acontecer.