São quatro da manhã não sei de que dia.
Estou a tentar adormecer ao mesmo tempo que penso nos resultados da regressão que fiz aos dados e na minha vida.
O outro dia alguém me disse que é quando batemos no fundo de nós que encontramos o petróleo. Efectivamente esta é a prova mais dura por que passei até à data, consciente (?) e a viver cada momento. Esta fragilidade em que o cansaço me coloca tornou-me mais lúcida a respeito de mim da minha vida e das opções que fui tomando. Mais lúcida e intolerante aos outros e às suas complacências. Mais seca e dura com as mágoas que recebo. E talvez por isso mais selectiva nas escolhas de a quem dar o meu tempo. Mais atenta_e sôfrega_do verdadeiro e honesto afecto que algumas pessoas me dedicam.
Espero que quando o cansaço finalmente se for embora eu volte a tolerar os outros em geral. Que este cepticismo no olhar e no pensar se vá embora. Que sirva este momento de batida no fundo de mim e de todas as minhas resistências para me tornar numa pessoa capaz de se perdoar por tudo o que já errou e seguir em frente. Que seja este fim o princípio de alguma coisa melhor. O princípio de mim. Exposta a mim própria_finalmente_como sou.
Belíssima peça de lucidez. Parece que a tese, apesar de sair a ferros, tem traz outras coisas muito boas :)
ResponderEliminarBoas e difíceis.
EliminarMas ambas necessárias ;)
"Everything will be just fine, not today, not tomorrow but someday." ❤
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