Nos últimos meses a minha casa tem estado permanentemente numa espécie de estado de sítio, em virtude de a (quase residual) dona de casa em mim ter desaparecido para se dedicar aos estudos.
A situação piorou com o despedimento da senhora da limpeza e quem tem segurado as pontas têm sido os miúdos. O Tiago e a Mia, porque a Madalena...esquece lá isso. Ela definitivamente pertence ao lado negro da força.
Esta semana estamos a atingir mínimos históricos, comigo a finalizar o estudo piloto, o Tiago com exames e a Mia cheia de testes e a ficar em casa 3ª, 4ª e 5ª (SO-CO-RRO) porque lhe fecham a escola para os exames. Soma a isto tudo todos eles estarem envolvidos no espectáculo organizado pelo CAEP LAB, que vai a palco no próximo sábado. Sinceramente nem faço ideia a fazerem o quê, vou descobrir no sábado... Mas a Mia e a Madalena estão lá no teatro, dança e ballet e o Tiago está no apoio à produção, cenografia e assim (parece-me). E claro, um acampamento de escuteiros, só para tornar tudo mais fixe (ontem reparei que um dos montes de roupa amontoados no quarto dele era a farda dos escuteiros mas fingi não ver).
Em estado de sítio estão sempre decretadas duas regras básicas: zero embirrações e zero barulhinhos repetitivos, que me levam à loucura em milésimos de segundos. Eles cumprem porque sabem que eu já não sou bem uma pessoa neste momento.
De resto, putos em casa na minha cabeça soa apenas isto: ter que fazer almoços todos os dias.
Nota-se o meu pânico?
A minha mãe disse que vinha de fim-de-semana e eu, a casa, os netos, a roupa, a loiça, a cozinha, os quartos desarrumados queremos tanto que o fim-de-semama possa ser tipo.... Amanhã? Hoje de tarde? Agora? Sim? Por favor...
Sem comentários:
Enviar um comentário